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Money-Kyrle e a utilidade da contratransferência


Estaríamos comemorando hoje o aniversário de Roger Earle Money-Kyrle, considerado um dos maiores psicanalistas pós-kleinianos. Money-Kyrle nasceu em 1898 e faleceu aos 82 anos, em 29 de julho de 1980.


Também se destacou no campo da filosofia, tendo sido comparado a grandes filósofos da época, como Bertrand Russell (1872-1970) e Theodor Adorno (1903-1969). Foi analisando de Freud, Melanie Klein e Ernest Jones, e foi membro da Sociedade Britânica de Psicanálise. Além disso tudo, também foi piloto da Força Aérea Real, defendendo a Inglaterra durante a I Guerra Mundial no front francês.

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Contribuiu com o desenvolvimento da teoria da contratransferência ao investigar os fatores determinantes daquilo que pode ser compreendido como a “motivação” do analista. Esta motivação marcaria a disposição interna do analista e determinaria o alcance de sua “atitude analítica”. Em outras palavras, Money-Kyrle defende a ideia de que a atitude analítica pode sofrer interferências negativas em função dos desvios contratransferenciais que a relação clínica é capaz de provocar no analista.


Não obstante, o trabalho de Money-Kyrle se desdobra, dedutivamente, na assunção de um estado contratransferencial normal, ou seja, de uma situação contratransferencial desejável ao trabalho do analista. Este olhar sobre a contratransferência fortaleceu a legitimação teórica do conceito e à ampliação de sua relevância prática, pois parte do postulado de que a contratransferência é um fenômeno presente e útil à clínica.

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Na sua relação com seus pacientes, o profissional de saúde pode encontrar dificuldades que excedem aos limites de sua perícia, pois são dificuldades que derivam de manifestações inconscientes, atuantes e que se dão através da transferência e da contratransferência. Ou seja, ainda que o problema fisiológico do paciente seja relativamente simples, muitas vezes o relacionamento com o paciente se torna complicado, atrapalhando o andamento do tratamento. O contato e o reconhecimento dos sentimentos que os pacientes provocam em nós podem nos dar grandes indícios de como lidar, de maneira mais simplificada, com relacionamentos da natureza médico-paciente.






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