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Violência contra profissionais de saúde aumenta



O Datafolha divulgou recentemente uma pesquisa que mostra que o número de agressões dirigidas contra profissionais de saúde vem aumentando. Segundo o Datafolha, mais de 60% dos médicos e profissionais de enfermagem já foram agredidos no trabalho ou conhecem algum colega que sofreu agressão no último ano. Quando falamos apenas dos profissionais de enfermagem, este índice sobe para 77%. “A enfermagem sempre está na linha de frente do atendimento. O fato de ser uma classe composta majoritariamente por mulheres (85%) só agrava o quadro de violência. Precisamos, enquanto profissionais e mulheres, sair do silêncio”, afirma a presidente do Coren-SP, Fabíola de Campos Braga Mattozinho.


A pesquisa, de setembro de 2015, foi encomendada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e, juntamente com uma sondagem feita pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), justificou uma campanha que os dois conselhos desenvolveram em parceria.


“Violência não resolve” é o nome da campanha, que tem como mote “Quando um profissional de saúde é agredido, quem perde é você”. O estudo revela ainda que 80% das agressões são psicológicas e que entre as principais reclamações, tanto dos pacientes quanto dos médicos, diz respeito à relação, ou seja, tanto médicos quanto pacientes apresentam queixas relacionadas ao comportamento um do outro.


Tabelas - Fonte: Datafolha / Cremesp



A longa espera para conseguir atendimento e a falta de contato interpessoal ganham destaque no estudo enquanto fatores geradores de estresse e prejudiciais para a relação médico-paciente e, consequentemente, para o tratamento como um todo.


“O médico nem me olhou. Falei para ele o que estava sentindo. É um péssimo profissional, totalmente despreparado. Então, foi na consulta medica, rasguei a guia e joguei em cima dele” – revela uma entrevistada pela pesquisa. Outra entrevistada diz que gostaria do profissional de saúde “Que atendesse os pacientes melhor e com respeito. Que desse importância para o paciente, escutando o paciente”.


Depois que a agressão acontece vem o trauma, a insegurança e uma recuperação psicológica que, muitas vezes, pode ser difícil e dolorosa. Em pesquisa desenvolvida pelo Fundação Oswaldo Cruz, 70% dos enfermeiros relataram que se sentem inseguros no ambiente de trabalho. Uma matéria do Fantástico que foi ao ar em 29 de novembro de 2015 apresenta dois casos de médicos que sofreram agressões e precisaram encontrar forças para superar o medo e serem capazes de voltar a exercer a profissão que escolheram. Para assistir a reportagem completa, clique aqui ou na imagem ao lado.

 

Saiba mais no Portal G1, na Folha de S.Paulo ou no site do Cremesp.


Para ter acesso à pesquisa completa do Datafolha e do Cremesp:


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