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Relação: a medida da experiência

Compartilhamos o MedTalks do Dr. Lucas Santos Zambon e a fala do Prof. Dr. Cesar A. P. Kubiak, que chamam a atenção para a experiência do paciente no ambiente hospitalar e para a influência da relação médico-paciente no sobre-diagnóstico ou no sub-diagnóstico do quadro. Ambos parecem indicar que a qualidade das relações é fundamental tanto para a experiência de satisfação do paciente durante o tratamento, quanto para uma boa prática médica. Seguem os vídeos:


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Fala do Prof. Dr. Cesar A. P. Kubiak <https://youtu.be/XhVJS8x7kqc?t=11m7s>

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Ao procurar um hospital, é comum que muitas pessoas esperem encontrar um ambiente de cuidados e acolhimento, com profissionais atenciosos que facilitem o convívio com o sofrimento e abreviem os momentos de dor.

No entanto, segundo do Prof. Dr. Cesar A. P. Kubiak, Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e Membro da Academia Paranaense de Medicina, fatores como falta de empatia, fadiga, sentimentos negativos, ou mesmo falta de tempo, podem interferir na relação médico-paciente, afetando, inclusive, a precisão dos diagnósticos. Além disso, uma pesquisa recente mostrou que mais de 60% dos profissionais tiveram contato com agressões no último ano. Importante notar que 80% das agressões são psicológicas e dizem respeito a problemas de relacionamento entre os profissionais de saúde e os pacientes.


Mas não podemos responsabilizar apenas os profissionais de saúde e as dificuldades na relação médico-paciente pelas experiências negativas dentro das organizações hospitalares. Em seu vídeo, o Dr. Lucas Santos Zambon demonstra como a experiência hospitalar começa no momento em que o paciente deixa seu carro com o manobrista, na chegada ao hospital, e muitas vezes só vai terminar meses depois, depois do resultado de algum exame, ou de alguma consulta de revisão.


Diante destes desafios nos perguntamos, como criar experiências positivas diante de todas as adversidades que o ambiente hospitalar pode apresentar?


A qualidade de uma experiência é medida pela qualidade das relações envolvidas nesta experiência. Neste sentido, as histórias que contamos revelam a qualidade das nossas experiências. Em entrevista recente, a Professora Maria Julia Paes da Silva fala de como o paciente costuma avaliar a experiência dele com o profissional de saúde a partir dos critérios que lhe são familiares. Segundo a professora, por desconhecer grande parte dos conhecimentos técnicos da área da saúde, “...normalmente o leigo não é capaz de avaliar tecnicamente um profissional da área da saúde. A avaliação é pela capacidade que o profissional tenha de mostrar interesse, de mostrar sensibilidade, de mostrar respeito. De não reduzir a dignidade do outro.”


Sem poder avaliar em profundidade as decisões de tratamento tomadas pelo profissional de saúde, o paciente recorre aos critérios que lhe estão disponíveis para avaliar a sua experiência com o profissional ou a instituição de saúde: respeito, sensibilidade e escuta.


Neste sentido, aproveitamos para compartilhar mais uma vez o vídeo onde apresentamos as etapas do programa O Paciente Simplificado, para quem quiser aprofundar nas questões que entram em jogo quando se trata de uma relação, ainda que uma relação tão especial quanto a que o profissional de saúde estabelece com o seu paciente.


A positividade das relações guarda um grande segredo, capaz de determinar a qualidade das histórias contadas pelos pacientes a partir das experiências que ele viveu no hospital desde o momento em que chegou até o momento posterior, em que ele conta aos amigos e familiares tudo o que viveu e sentiu em sua experiência de tratamento.


Vídeo O Paciente Simplificado: <https://youtu.be/Zim02jjXRXY>

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